A doença de Dupuytren é uma condição caracterizada pelo espessamento e encurtamento da fáscia palmar, que é um tecido situado logo abaixo da pele da palma da mão.
Observa-se a formação de nódulos e cordas nas palmas das mãos e dedos, as quais retraem-se com o passar do tempo, levando a uma progressiva atitude em flexão dos mesmos (contratura de Dupuytren).
A causa da doença é desconhecida, porém sabe-se que é mais frequente em alguns grupos étnicos (indivíduos do norte da Europa e seus descendentes).
É muito mais comum em homens, e acima de 50 anos.
Parece haver uma ligação com o diabete e com o uso do fenobarbital (uma medicação anticonvulsivante). Não há relação com trauma ou atividade profissional.
Sintomas
Observam-se nódulos, pregas e cordas nas palmas das mãos, expandindo-se especialmente para os dedos anular e mínimo.
Com a evolução da doença, essas cordas sofrem um processo de espessamento e retração, levando a uma atitude em flexão dos dedos (incapacidade de realizarem extensão completa).
Essa condição, portanto , limita o uso e a função da mão, porém geralmente não causa dor.
Tratamento
Nos casos em que a contratura do dedo é pequena e não há prejuízo para a função, a conduta é apenas a observação.
Nos casos em que o grau de flexão do(s) dedo(s) é mais acentuado, a corda deve ser removida, de modo a se obter a extensão do dedo, podendo ser necessários outros procedimentos de acordo com a gravidade do quadro e as regiões envolvidas.
A reabilitação pós-operatória é muito importante para a recuperação do movimento.
Deve-se frisar que a doença, por ter um componente genético, continuará em atividade, e em algum momento, mesmo após a cirurgia, vai recidivar.